terça-feira, 22 de agosto de 2017

Autárquicas: porque as pessoas fazem a diferença

No mandato de 2009-2013 fui eleita pelo Bloco de Esquerda para a Assembleia Municipal de Almada e para a Assembleia de Freguesia de Cacilhas, cargos a que renunciei em 2010 após sérias, profundas e inultrapassáveis divergências com os dirigentes do BE local, acabando mesmo por sair do partido no ano seguinte.
Ex-camaradas vaticinaram a minha passagem imediata para o PS (houve até quem apostasse que faria parte das suas listas no mandato seguinte), outros foram mais longe e previam viesse a integrar a equipa do PSD ou do CDS, dadas as minhas (achavam eles) ambições políticas.
Afinal, sete anos volvidos e nenhuma dessas previsões se concretizou.
Porquê? Porque, ontem como hoje, tratei apenas de ser coerente e fiel aos princípios que me haviam feito aderir ao BE logo em 1999 e que continuo a defender, como fiz questão deixar escrito numa “declaração de princípios” que já aqui partilhei convosco.
Politicamente mantenho-me na essência bloquista. Mas não sou hipócrita e, como tal, não posso afirmar que a forma de atuação do BE em Almada me seduza, muito pelo contrário (sobretudo no que se refere às questões de âmbito autárquico e ao papel que, como oposição, deveria prosseguir nos órgãos colegiais onde tem eleitos).
Alguns daqueles com quem entrei em conflito entretanto desapareceram da cena política mas como a maioria se mantém por lá muitos dos problemas que levaram ao meu afastamento subsistem. Por isso, custa-me a crer que em outubro próximo o BE venha a conseguir recuperar os votos perdidos em 2013.
Todavia, porque a política se faz de pessoas, não posso deixar de expressar o meu apoio público à Ana Massas, uma camarada (mas, sobretudo, uma amiga) que mesmo naquela época conturbada da minha saída do BE nunca quebrou os laços de amizade que existiam entre nós e nunca se deixou influenciar pelas "novelas" que os meus "opositores" resolveram inventar a meu respeito tentando com isso denegrir a minha imagem para "branquear" a sua própria atitude.

Mulher de armas, de luta, aguerrida, que nunca baixa os braços mesmo quando as dificuldades da vida (ou a "sacanagem" de alguns) lhe pretendem tolher os movimentos. Confio nela e na sua capacidade de trabalho. Acredito que será, como já foi no passado, uma autarca de fibra. Por isso, nas próximas autárquicas, tem todo o meu apoio (além do meu voto, claro).

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