segunda-feira, 7 de outubro de 2013

E se ainda houvesse Assembleia de Freguesia de Cacilhas?


A título de curiosidade, consultado o edital afixado nas instalações da Junta de Freguesia de Cacilhas, apresento-vos uma breve análise dos resultados obtidos nas eleições do passado dia 29 de setembro e uma simulação sobre qual seria a composição da AF (com 13 eleitos) caso não tivesse havido "união" com Almada, Piedade e Pragal.

A abstenção foi de 56% e os votos brancos e nulos 9%.
Dos restantes 35% (2.374 eleitores) votaram da seguinte forma (resultados comparados coma votação de 2009):
CDU - 993 votos (menos 27%);
PS - 700 votos (menos 31%);
PSD - 407 votos (menos 47%);
BE - 196 votos (menos 44%).

A CDU seria a vencedora (com seis mandatos, mais um do que em 2009), mas apenas com maioria relativa. O PS manteria os quatro mandatos, o PSD perdia um mandato e ficava com dois e o BE mantinha um mandato.

Ou seja, provavelmente iríamos assistir, mais uma vez, a um "acordo pós eleitoral", não sufragado e nunca admitido em campanha, entre a CDU e o PSD para que a CDU tivesse maioria absoluta.

Agora na Assembleia da "União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Cacilhas e Pragal" a questão já não se coloca pois a CDU obteve a maioria absoluta de mandatos (11 entre os 21 do total). Não sei se é bom ou mau, se beneficia ou prejudica os munícipes, e não pretendo debruçar-me sobre isso aqui e agora, mas pelo menos deixaremos de ter uma coligação "contra natura" entre esquerda/direita... coisa que sempre me custou muito a entender.

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A propósito desta mesma notícia, publicada no grupo Democracia Local (da rede social Facebook) o ainda chefe de gabinete da Presidente da Câmara Municipal de Almada, mais uma vez, completamente a despropósito, resolve usar a mentira e a calúnia:

Ao que respondi:

Começo a achar que o senhor deve mesmo sofrer de algum problema... Vejam como insiste, e insiste na mesma tecla... e atentem na resposta que deu a uma outra "comentadora":



E depois de a Maria Costa lhe ter apresentado cópia do meu esclarecimento, e das imagens que o acompanhavam, leiam a resposta do senhor (e nem a sua camarada escapa ao "julgamento"):


Pensam que ficou por aqui? Não, não ficou... mas estes exemplos serão mais do que suficientes para terem uma ideia de quem é a personagem, cuja atitude nem vale a pena qualificar de tão evidente se torna quais devem ser os adjetivos a aplicar ao senhor.

E sim. Bloqueei-o! Que eu saiba trata-se de uma prerrogativa que, julgo, nem ele nem ninguém me pode tirar: a de ser eu a escolher quem eu quero na minha rede de contactos pessoais como amigo(a) e como leitor(a) dos meus textos. É uma opção pessoal e que nada tem a ver com práticas democráticas. Além disso o senhor continua como membro do grupo do qual eu sou administradora. Apenas lhe cortei a hipótese de, nas minhas publicações, dispor de espaço para me provocar e ofender no estilo que lhe é peculiar.

Aproveito e deixo aqui a ligação para os textos que escrevi ao longo da semana passada sobre as eleições autárquicas e nos quais podem sempre verificar que nunca retirei qualquer mérito à vitória da CDU, a quem até enderecei os parabéns. Se há alguém que está a mentir, e deliberadamente, é este senhor João Geraldes (que até aqui neste mesmo espaço me vinha provocar de forma anónima, mas foi desmascarado... um comportamento muito digno, não tenhamos dúvidas... como este outro episódio em que foi apanhado a utilizar o "lápis azul e a tesoura vermelha" censurando aquilo que não lhe convinha), e não eu que apenas me limitei a expressar a minha opinião sobre os resultados, com base nos dados oficiais publicados pela DGAI. Mais uma vez, julgo ter toda a liberdade para o fazer. E, como podem observar, nunca faltei ao respeito a ninguém:

2.ª feira, dia 30 de setembro:

3.ª feira: dia 1 de outubro:
4.ª feira: dia 2 de outubro:
6.ª feira: dia 4 de outubro

Isto, de facto, já começa a ser assédio e perseguição. Ou sintoma de uma qualquer doença obsessiva. Mas pessoas desta índole apenas têm a importância que nós lhe damos. E, no meu caso, não lhe dou importância nenhuma!

Termino esta publicação que já vai longa, com este pequeno texto para reflexão:
A soberba dos vencedores não lhes confere o direito a esconder a verdade sobre os pilares que sustentam a sua vitória apenas porque os factos não lhes agradam.
Refiro-me, por exemplo, àqueles que tendo ganho as eleições autárquicas, ainda assim perderam um número significativo de eleitores.
A maioria obtida, mesmo que absoluta, por mais legitimidade que tenha (e isso ninguém contesta), quando comparada com a elevada taxa de eleitores que resolveram abster-se, votar em branco ou anular o voto (cerca de 68%), sai socialmente enfraquecida na proporção da indiferença da maioria (59%) e da revolta de uns poucos (9%).
Estes dados deveriam limar as arestas da arrogância aos proclamados vencedores e fazê-los respeitar mais os vencidos pois que a urgência deverá ser o incentivo à participação cívica, consciente politicamente. Só assim se reforça a Cidadania. Caso contrário os políticos locais transformam-se em caciques e a Ditadura instala-se mesmo que se nos apresente mascarada de Democracia.

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