quinta-feira, 31 de julho de 2008

Novo estatuto político-administrativo dos Açores

Não vou analisar, do ponto de vista jurídico, a questão que foi notícia, hoje, na comunicação social... nem tão pouco me vou manifestar acerca da oportunidade da comunicação do Presidente da República.
Serve apenas este breve artigo para vos dizer o quanto me sinto chocada... mas é com a atitude dos nossos deputados, que aqui acabam por ficar muito mal no retrato: ou seja, todos os partidos políticos votaram a favor (não nos podemos esquecer que o estatuto em causa foi aprovado por unanimidade) de um diploma que, afinal, tem uma série de normas anticonstitucionais graves, além de umas quantas outras que, na opinião do PR, colocam em causa o relacionamento institucional e podem ter consequências futuras imprevisíveis.
Como foi possível isto acontecer? Estavam todos distraídos? Trata-se de incompetência pura? Ou, pior ainda, este consenso significou, tão só e apenas, a aceitação de pressões regionais, vindas de todos os quadrantes do espectro político, para que assim acontecesse?
Francamente... se a política é isto, a cedência a interesses escusos em atropelo às mais elementares regras do direito, cada vez me convenço mais que não fui fadada para estar nestas andanças.
E que hipócritas acabam por ser estes políticos que até se congratulam com o facto de serem apenas oito as falhas de inconstitucionalidade num diploma com mais de uma centena de artigos. Sinceramente...

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